Batalhão local recebe apoio do Bope e do Choque após informação de invasão preparada pelo Comando Vermelho
Em mais um dia de guerra na Vila Kennedy, três moradores foram atingidos por balas perdidas após trocas de tiros entre policiais militares e bandidos. Por volta de 20h, o 14º BPM (Bangu) recebeu reforço de cerca de 170 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque. Agora, a ocupação da PM para tentar conter os conflitos na comunidade reúne 290 policiais.
“Dei muito cartão vermelho no campo e quero dar cartão vermelho também aqui para os traficantes”, disse o comandante do 14º BPM, tenente-coronel Djalma Beltrami, que também é árbitro de futebol.
“Dei muito cartão vermelho no campo e quero dar cartão vermelho também aqui para os traficantes”, disse o comandante do 14º BPM, tenente-coronel Djalma Beltrami, que também é árbitro de futebol.
Os moradores foram feridos durante confrontos ocorridos à tarde. Letícia Tomaz de Lima, de 22 anos, foi atingida na barriga por um disparo e, em estado grave, foi operada no Hospital Albert Schweitzer. Na mesma unidade, Cátia Sirlene Fernandes de Oliveira, de 49, foi atendida com um tiro no glúteo e recebeu alta. Baleado no braço direito, Cleyton Batista da Silveira, de 24, foi medicado na UPA da Vila Kennedy e liberado.O reforço foi mobilizado após informações que traficantes do Comando Vermelho (CV) invadiriam a favela esta madrugada com mais de 100 homens para recuperar bocas de fumo atualmente em poder do Terceiro Comando Puro (TCP).
Tiroteios se tornam rotina
Moradores relatam que os tiroteios são diários e que, após as 20h, poucos se arriscam a sair de casa com medo de ser atingidos. Na quinta-feira, mais de 2 mil pessoas participaram de passeata pedindo paz na comunidade, que vive no centro de disputa entre traficantes há um mês.O ato também foi uma homenagem ao menino Marlysson Ribeiro, 12 anos, morto domingo por uma bala perdida. “Nossa presença conseguiu evitar, até agora, um confronto entre as facções que certamente resultaria na morte de mais inocentes”, avaliou Djalma Beltrami.
0 comentários:
Postar um comentário