Esse foi pra cadeia feliz

       Vascaíno acusado de ser da milícia foi ver jogo em bar e acabou na tranca

A ansiedade para quebrar o jejum de oito anos sem soltar o grito de campeão deixou um foragido da Justiça à mercê dos homens da lei. Acusado de integrar a milícia ‘Liga da Justiça', Alex Dantas da Silva, de 28 anos, foi capturado no fim da noite de quarta-feira em um bar em Nova Iguaçu, onde assistia à final da Copa do Brasil entre o seu Vasco e o Coritiba. Mas, antes do apito final que tirou o clube carioca da fila - os cruzmaltinos não conquistavam um título na Primeira Divisão desde 2003 -, policiais do 20º BPM (Mesquita) prenderam Alex, que tem dois mandados de prisão por homicídio e outro por formação de quadrilha.

Os PMs foram até o local após denúncia recebida pelo Serviço Reservado do batalhão de que um miliciano foragido estaria no bar na Rua Sete, no bairro Lagoinha. Ao ser abordado, ele tentou fugir pulando um muro, mas foi perseguido e preso. Com o miliciano foram apreendidos uma pistola calibre 380 com 15 munições e um revólver 38 com seis balas e numeração raspada.

Alex e outros três milicianos são acusados de executar um casal de idosos em Nova Iguaçu, em junho de 2009, porque as vítimas teriam se recusado a ceder a sua casa para a quadrilha. O vascaíno preso era procurado desde 2009, quando foi deflagrada a Operação Têmis, que resultou na prisão de 43 pessoas, sendo 16 PMs, três policiais civis e um bombeiro acusados de integrar a Liga da Justiça, que atua principalmente na Zona Oeste do Rio, mas tem extensão na Baixada Fluminense. A ação foi desencadeada um mês após a prisão do ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, apontado como um dos chefes da milícia. Ele cumpre pena no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS).