quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Jovem baleado em Copacana pesou que primeiro disparo fosse fogos

                                             
Jovem baleado em Copacana pesou que primeiro disparo fosse fogos Foto: Reprodução Internet

O garoto de 15 anos que foi baleado durante tiroteio em Copacabana na madrugada desta quarta-feira, pouco antes do show pirotécnico, disse que estava vendendo bebidas com a sogra quando o estoque acabou e ele foi buscar mais no carro.

Renato Resse afirmou que viu a confusão, mas pensou que o primeiro disparo fosse fogos. "Vi as pessoas deitando no chão, aí quando me agachei o tiro pegou no meu ombro. Senti o sangue quando passei a mão e comecei a pedir socorro", disse ele, que relatou que as pessoas corriam de um lado para o outro desesperadas por conta da quantidade de tiros. "Nasci de novo no primeiro dia do ano", afirmou. Ele foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, e já foi liberado.

A sogra de Carolina Salles, a jovem de 19 anos que foi baleada na perna e que estava acompanhada do marido Diogo Lima Gomes, contou que eles estavam segurando um bebê no colo de 8 meses e de mãos dadas com um menina de 4 meses, ambas filhas do casal, quando ocorreu os disparos. Segundo a sogra, foi a primeira vez dos quatro no Réveillon de Copacabana. "Estava em casa tranquila quando meu filho me ligou. Foi um desespero. Tenho certeza que foi a primeira e será a última vez no Réveillon de Copacabana" A garota foi baleada na perna e só percebeu quando viu o sangue escorrendo.

Tiroteio deixa nove pessoas feridas

O tiroteio foi iniciado após policiais militares atenderem ao pedido de socorro de uma mulher que estava sendo agredida pelo marido. Rosilene de Azevedo, 37 anos, contou que seu esposo Adilson Rufino, de 34, já havia bebido em excesso quando começou a enforcá-la por ciúmes na frente dos filhos do casal. "Ele perdeu o controle, se transformou", disse. O homem levou sete tiros e foi operado no Hospital Miguel Couto, na Gávea. Ele segue em estado estável.

De acordo com PMs que estavam na ocorrência, ao ver a violência, alguns homens - entre eles o comandante do 19º BPM (Copacabana) Coronel Ronal Santana, teriam entrado em luta corporal com o agressor, que mesmo imobilizado conseguiu desarmar o oficial e realizar disparos a esmo. Os tiros foram revidados pelos PMs e causaram "corre-corre" nas vias próximas. O comandante foi liberado durante a madrugada após ser atendido no Hospital Copa D'or.

Mulher acusa polícia de truculência

A truculência da ação policial foi alvo de Rosilene. "Houve excesso. Vários PMs agrediram um homem sozinho e nem assim tiveram sucesso. Foram pelo menos 10 disparos no meio de uma via pública", disse em lágrimas a moradora de Petrópolis que estava no Rio apenas para o réveillon. "Meus filhos terão que conviver para sempre com esta cena". De acordo com ela, Adilson nunca havia a agredido. Segundo os PMs, ele portava cocaína e deveria estar drogado.

Entre os outros oito feridos há uma criança de 7 anos baleada no tórax, um jovem de 15 anos identificado como Renato Resse, que foi atingido na mão e duas mulheres, uma de 60 e outra de 19, ambas baleadas. Um policial militar também foi atendido no hospital de corporação e a operadora de call center Lucy Silva, de 43, também foi atingida pelos disparos. Todos passam bem.

Minutos antes de ser baleado, em entrevista a Vip Brasil , o comandante definiu o evento como uma 'calmaria'. "Tivemos poucas ocorrências. Todas isoladas, sem arrastões ou algo do tipo. A maioria de furtos de cordões, joias e celulares. Um sucesso para as proporções do evento", disse. Até as 7h, a PM não havia divulgado balanço do número de ocorrências na região

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