Traficantes do Complexo do Lins que estavam escondidos no matagal do Maciço da Colina, divisa entre Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, deixaram, com moradores, um aviso para os policiais militares: eles estavam fugindo, mas prometem voltar. De acordo com o comandante do 25º BPM (Cabo Frio), tenente-coronel Samir Vaz Lima, os criminosos deixaram o local na madrugada de quinta-feira, após quatro traficantes da quadrilha serem presos num condomínio de luxo em Cabo Frio. Juntos, eles planejavam invadir a favela do Valão, no bairro Jardim Esperança.
O recado foi de que eles estavam saindo, mas que aquela perda não ia ficar barata. Eles disseram que vão voltar - detalha Samir.
O grupo do Complexo do Lins chegou a Cabo Frio no último dia 14. Parte dele se estabeleceu no condomínio luxuoso no distrito de Tamoios, enquanto a outra foi para o acampamento no matagal. De acordo com o relato dos moradores, os bandidos estavam vendendo drogas nos bairros Campo Redondo e Alecrim, que ficam no entorno. Alguns andavam armados com fuzis. Ainda segundo quem vive na região, os criminosos ficavam escondidos no maciço durante o dia, e desciam para os bairros durante a noite, quando comercializavam as drogas.
O comandante do 25º BPM acredita que os traficantes já tenham deixado a região.
Eles tomaram um susto com as prisões e apreensões, mas isso não impede que num futuro próximo eles possam retornar. Continuamos monitorando esses criminosos, atentos a todos os tipos de informações - reforça Samir.
A PM faz um apelo para que a população da Região dos Lagos continua dando informações para a polícia, através do 190 ou do telefone (22) 2647-0190.
Na madrugada da última quinta-feira, numa ação conjunta entre o 25º BPM e o BPRv, oito pessoas foram presas, entre elas quatro traficantes do Lins. O grupo estava em duas casas, num condomínio de luxo em Cabo Frio. Nas duas residências e em veículos usados pelo bando, foram encontrados sete fuzis, dois deles desviados do exército colombiano. Também foram apreendidos 50 Kg de maconha, 8.200 sacolés de cocaína, 2.600 pedras de crack e 600 comprimidos de ecstasy, e R$ 12 mil em dinheiro.
O Complexo do Lins vem sendo alvo de constantes operações das polícias Civil e Militar. Após a pacificação de algumas comunidades, principalmente o Alemão e Jacarezinho, o Lins passou a ser um dos principais quartéis-generais da maior facção criminosa do Rio de Janeiro.
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