terça-feira, 28 de junho de 2011

'valentões' do pó podem ter arrumado as trouxinhas de roupa


Com medo das UPPs, 'valentões' do pó podem ter arrumado as trouxinhas de roupa e se entocado no Paraguai e na Bolívia
O avanço das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) sobre territórios antes dominados por facções do crime pode estar empurrando os chefões do tráfico para bem longe do Rio. Segundo agentes que trabalham nas fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia, a vigilância nessas regiões está redobrada desde que começaram a circular informações de que traficantes cariocas estariam fugindo para esses países.





Embora já tenham sido implantadas 18 UPPs, até hoje os homens mais procurados pela polícia do Rio - que antes impunham o terror em comunidades como o Morro da Mangueira e os complexos de favelas do Alemão e da Penha - continuam em liberdade. No Mato Grosso, que tem 893 quilômetros de fronteira com a Bolívia, o alerta já foi dado: Luciano Martiniano da Silva, o Pezão do Alemão, Alexander Mendes da Silva, o Polegar da Mangueira, e Fabiano Atanázio da Silva, o FB, da Vila Cruzeiro, teriam fugido para o país vizinho ou para o Paraguai.
O tenente-coronel Antônio Mário da Silva Ibanez, coordenador do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron), da Secretaria de Segurança de Mato Grosso, revelou ontem ter recebido informações de que há traficantes cariocas tentando atravessar a fronteira. Os homens do Gefron estão agora investigando os informes recebidos. Ainda segundo Ibanez, o chefão do pó na Favela da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, já teria deixado a favela e seguido para a Bolívia.


Delegado acha difícil
O titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), delegado Pedro Medina, acredita ser improvável que traficantes cariocas tenham ido para países vizinhos na América do Sul. "Qualquer informação deve ser checada pela força policial que a recebeu, mas estamos sempre monitorando a movimentação desses criminosos. Pelo menos até agora, não surgiu nenhum indício de que algum deles tenha fugido do Brasil", afirmou o delegado.
Sumiram do mapa
Em nota, a Secretaria de Segurança informou que, desde a pacificação, já foram presos mais de 200 criminosos do Complexo do Alemão, outros 125 do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, e mais 516 da Cidade de Deus, em Jacarepaguá. Ainda segundo a nota, a prisão dos líderes do tráfico é mais difícil, mas a polícia tem condições de segui-los a partir do monitoramento permanente dos criminosos, cujo espaço de atuação foi diminuído pela UPPs.

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