Um dos centros comerciais do Rio, bairro vive assombrado pela guerra de quadrilhas
Rio - Os conflitos entre bandos rivais pelo controle das bocas de fumo nos morros de Madureira se intensificaram a partir de setembro de 2009. Desde então, batalhas com trilhas sonoras iraquianas e cenas macabras — como a da cabeça de um desafeto jogada na principal via do bairro — passaram a integrar a rotina de pavor da população. Por trás dessa guerra, está o lucro dos criminosos. Investigação iniciada na 29ª DP (Madureira) e concluída pela 21ª DP (Bonsucesso), no inquérito 6871-2010, revela que a movimentação financeira das quadrilhas em conflito chega a R$ 2 milhões por mês.Os morros da Serrinha e São José da Pedra — cuja mata dá fundos para o Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho — são os alvos principais da disputa. Nas duas favelas, quem dá as cartas também é o TCP. Pelo menos até a próxima investida dos bandidos do Comando Vermelho (CV), que dominam o Morro do Cajueiro, que fica do outro lado da Avenida Edgar Romero.
“A gente costuma deitar e levantar ouvindo tiros. Dormir sossegado é impossível. Mesmo quando não há batalha entre os bandidos, eles atiram a esmo, só para demonstrar poder. O medo de balas perdidas é constante. Até quando teremos de aturar tanta humilhação?”, desabafou Y., 49 anos. Ele o vizinho, O., 53, integram a parcela dos que sonham com uma UPP. “Do contrário, a matança vai continuar, assim como o desfile de ‘bondes’ de homens armados até os dentes”
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