sexta-feira, 21 de março de 2014

UPPs estão em alerta máximo após ataques simultâneos em comunidades

Após os ataques simultâneos nas UPPs de Manguinhos e Camarista Méier na noite desta quinta-feira, a cúpula da Segurança Pública definiu algumas medidas para evitar novos ataques da principal facção criminosa do Rio. As folgas na Polícia Militar foram suspensas. PMs dos batalhões de Choque e de Operações Policiais Especiais (Bope) e policiais civis, inclusive os da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da corporação, estão de prontidão.

Além disso, o Bope reforçou o policiamento no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte, comunidade que também possui uma UPP. Setores de inteligência detectaram uma ameça de invasão da fação rival à comunidade. As 37 UPPs estão em alerta máximo.


Complexo de Manguinhos tem cenário de destruição, crianças sem aula e comércio fechado após ataque que destruiu base de UPP

Cabral reafirmou que os ataques às UPPs são um indicativo evidente do crime organizadotentando enfraquecer a política do plano de retomada dos territórios dominados por décadas pelotráfico de drogas. Ele reiterou que o estado não vai desistir do projeto de pacificação e que nada impedirá que o governo do Rio solicite ajuda das forças federais. "Não vamos recuar, nem retroceder. E vamos avançar com as forças federais", decretou.

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, reiterou o alerta. "Estamos todos em protidão, com folgas diminuídas, ocupando espaços na cidade para evitar que haja qualquer tipo de ameaça ao cidadão carioca. Estamos com força total nas ruas do Rio de Janeiro."

Cabral está em Brasilia para pedir a Dilma apoio de tropas federais

O governador do Rio, Sérgio Cabral, está reunido com a presidenta Dilma Rousseff, nesta sexta-feira, para pedir o apoio de tropas federais no estado com o objetivo de reforçar a segurança dos moradores e combater futuros ataques à Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), como os ocorridos em duas comunidades na noite desta quinta-feira.
O governador Sérgio Cabral esteve reunido com a cúpula da segurança do estadoFoto: Divulgação

Vamos solicitar a presidenta o apoio das forças nacionais. Não sei que tropas, como, por quanto tempo, elas atuarão. Seria uma indelicadeza apresentar isso para vocês antes da presidenta ser a primeira a saber", alegou Cabral aos jornalistas, no início da madrugada, após a reunião com o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame; o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, e o comandante-geral da PM, coronel José Luís Castro Menezes. Eles também estão participando do encontro em Brasília. Beltrame confirmou que as ações criminosas foram orquestradas por uma facção criminosa, com o objetivo de desmoralizar a política de segurança pública do Rio.

Quase quatro mil alunos sem aula

O policiamento segue reforçado e o clima tenso na Favela do Mandela, no Complexo de Manguinhos, na manhã desta sexta-feira. Parte da comunidade segue sem luz por conta do incêndio que atingiu dois contêineres da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na noite de quinta-feira. Eles já foram retirados por caminhões da Polícia Militar e de acordo com a Secretaria de Segurança, devem ser substituídos ainda nesta sexta. Uma força-tarefa com equipes da Light e Comlurb também estão no local.

A Secretaria Municipal de Educação informou que quatro escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) estão fechadas na região de Manguinhos, fazendo com que 3.993 alunos estejam sem aulas por conta de violência. Parte do comércio local também estão com as portas fechadas.
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