Traficante acusado de matar três militares é preso em Realengo

                                           
Policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 14º BPM (Bangu) prenderam Maurício dos Santos, de 23 anos, o Birrinha, apontado como gerente do tráfico de drogas na Favela Minha Deusa, em Realengo, Zona Oeste, no fim da noite desta quarta-feira. Ele teria voltado à comunidade após deixar a Favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul, com a tomada das forças de segurança. Segundo a PM, contra ele há cinco mandados de prisão, três por homicídios de militares.
Os PMs faziam uma incursão na favela quando flagraram Everardo dos Santos Carvalho Júnior, o Bem 10, de 23 anos, Rafael Constâncio dos Santos, 27, e um menor de 15 anos com cerca de 60 sacolés de Desireé (venda casada de maconha e cocaína). Quando deixavam a comunidade com os presos, os policiais suspeitaram e abordaram dois homens em uma moto. Com Birrinha foram encontrados 109 papelotes de Desireé e cinco munições para fuzil calibre 7.62. Ele estava desarmado e não reagiu.

                        
Na 33ª DP (Realengo), central de flagrantes da região, os PMs descobriram que havia cinco mandados de prisão contra Birrinha, três deles por homicídio. O traficante, que nunca havia sido preso, teria participado da morte de um bombeiro, de um major do Exército e do soldado da PMSílvio Miranda Coutinho, que era lçotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Andaraí, Zona Norte, em agosto, no bairro de Campo Grande, Zona Oeste. O militar levou um tiro na cabeça efetuado com a própria arma.

Após a morte do PM, Birrinha teria se refugiado na Favela da Rocinha, controla pela mesma facção a que pertence, a Amigos dos Amigos (ADA). Com a tomada da comunidade pelas forças de segurança há 18 dias, ele teria retornado à Minha Deusa. O bandido também é apontado pela PM como um dos responsáveis pela grande quantidade de roubos de veículos na Zona Oeste. No sábado, policiais do 14º BPM já haviam recuperado um Vectra branco que teria sido roubado por ele no Viaduto de Padre Miguel.

Ainda de acordo com a polícia, Bem 10 estava em liberade condicional há cinco dias, após cumprir pena por associação para o tráfico.