As cicatrizes no corpo do estudante X., de 21 anos
De acordo com investigações da 5ª DP (Mem de Sá), o grupo é formado por cerca de 13 travestis. Três deles já foram presos e dois menores de 17 anos, apreendidos, pelos crimes. Ainda há, porém, duas pessoas foragidas e outras ainda não identificadas. Na delegacia, pelo menos seis inquéritos investigam furtos, roubos e lesões corporais provocadas pela quadrilha.
Eu achava que elas estavam só me batendo, não senti os cortes. Quando me vi no espelho, fiquei desesperado — relembra o estudante.
Ele contou que a ação do gangue durou menos de um minuto. O colega que o acompanhava, estava caminhando mais a frente e sequer notou a agressão. O jovem passou por uma cirurgia plástica e faz, por tempo indeterminado, aplicações de corticóide nas cicatrizes.
Identificado como chefe do esquema, o transexual Henrique Miranda de Souza, conhecido como Milena, de 18 anos, foi preso. Com 21 passagens por furto e roubo — a maioria por assaltar turistas na Avenida Atlântica — ele é tido como mais perigoso. Aos ser levado para a delegacia, porém, permaneceu calado.
No mesmo dia que o grupo atacou o estudante, os travestis fizeram outra vítima: a também travesti Y., de 30 anos, teve documentos e R$ 500 que ganhara em programas roubados. Seu rosto também foi cortado.
Eu estava parada na rua quando me abordaram pedindo cigarro. Quando vi estavam tirando sangue de mim, fiquei com a cara deformada — narrou Y.
Para o delegado Alcides Alves Pereira, titular da 5ª DP, a prisão dos outros integrantes da quadrilha é “prioridade” para evitar que outras vítimas sejam violentadas.
Foragidas, mas no Facebook
Maxwell de Araújo Cardoso, conhecido como Bruna Rayalla, e Marlon Evangelista do Carmo, chamada de Nicolly Frazão, ambos de 23 anos, são dois dos travestis identificados pelos procedimentos e que continuam foragidos. Segundo o Setor de Investigação da distrital, o grupo ataca, sobretudo, homens, às quintas, sextas e sábados depois de 23h. Sempre nas proximidades dos Arcos da Lapa, nos arredores da Rua do Riachuelo.
De acordo com investigações da 5ª DP (Mem de Sá), o grupo é formado por cerca de 13 travestis. Três deles já foram presos e dois menores de 17 anos, apreendidos, pelos crimes. Ainda há, porém, duas pessoas foragidas e outras ainda não identificadas. Na delegacia, pelo menos seis inquéritos investigam furtos, roubos e lesões corporais provocadas pela quadrilha.
Eu achava que elas estavam só me batendo, não senti os cortes. Quando me vi no espelho, fiquei desesperado — relembra o estudante.
Ele contou que a ação do gangue durou menos de um minuto. O colega que o acompanhava, estava caminhando mais a frente e sequer notou a agressão. O jovem passou por uma cirurgia plástica e faz, por tempo indeterminado, aplicações de corticóide nas cicatrizes.
Identificado como chefe do esquema, o transexual Henrique Miranda de Souza, conhecido como Milena, de 18 anos, foi preso. Com 21 passagens por furto e roubo — a maioria por assaltar turistas na Avenida Atlântica — ele é tido como mais perigoso. Aos ser levado para a delegacia, porém, permaneceu calado.
No mesmo dia que o grupo atacou o estudante, os travestis fizeram outra vítima: a também travesti Y., de 30 anos, teve documentos e R$ 500 que ganhara em programas roubados. Seu rosto também foi cortado.
Eu estava parada na rua quando me abordaram pedindo cigarro. Quando vi estavam tirando sangue de mim, fiquei com a cara deformada — narrou Y.
Para o delegado Alcides Alves Pereira, titular da 5ª DP, a prisão dos outros integrantes da quadrilha é “prioridade” para evitar que outras vítimas sejam violentadas.
Foragidas, mas no Facebook
Maxwell de Araújo Cardoso, conhecido como Bruna Rayalla, e Marlon Evangelista do Carmo, chamada de Nicolly Frazão, ambos de 23 anos, são dois dos travestis identificados pelos procedimentos e que continuam foragidos. Segundo o Setor de Investigação da distrital, o grupo ataca, sobretudo, homens, às quintas, sextas e sábados depois de 23h. Sempre nas proximidades dos Arcos da Lapa, nos arredores da Rua do Riachuelo.
Maxwel de Araújo Cardoso, conhecida como Bruna Rayalla, acusada de participar do grupo
Foi neste trecho que um casal mineiro foi abordado pelos bandidos. Às 23h30 do dia 25 de outubro, um dentista, de 40 anos, e uma professora, de 30, caminhavam, em frente ao Circo Voador, quando os atravestis abraçaram o rapaz. De repente, o imobilizaram. Em depoimento, os turistas contaram que, em segundos, tiveram celular e dinheiro roubados.
As investigações avançaram, segundo os policiais da 5ª DP, a partir da prisão de Willian Silva dos Santos, namorado de Henrique. Por volta de 1h30 do dia 13 de outubro, ele foi flagrado por policiais militares do 5º BPM (Praça da Harmonia) roubando um celular.
Foi neste trecho que um casal mineiro foi abordado pelos bandidos. Às 23h30 do dia 25 de outubro, um dentista, de 40 anos, e uma professora, de 30, caminhavam, em frente ao Circo Voador, quando os atravestis abraçaram o rapaz. De repente, o imobilizaram. Em depoimento, os turistas contaram que, em segundos, tiveram celular e dinheiro roubados.
As investigações avançaram, segundo os policiais da 5ª DP, a partir da prisão de Willian Silva dos Santos, namorado de Henrique. Por volta de 1h30 do dia 13 de outubro, ele foi flagrado por policiais militares do 5º BPM (Praça da Harmonia) roubando um celular.
Marlon Evangelista do Carmo, conhecida como Nicolly Frazão, também está foragida
As duas foragidas já têm fichas de antecedentes criminais extensa. Enquanto Bruna Rayala já cumpriu pena por roubo, Nicolly Frazão responde por furto qualificado e extorsão. Mesmo procuradas pela polícia, as duas mantém páginas ativas em redes sociais. No último dia 10, Bruna postou: “Estou com HIV” em seu perfil. A mensagem foi curtida por sete pessoas e, até a noite de sexta-feira, tinha 22 comentários. “Bem vinda ao clube” foi um deles. Já Nicolly colocou, anteontem, uma foto em que vestia top e short com o seguinte texto: “Nesse exato momento”.
Detalhes da quadrilha
As duas foragidas já têm fichas de antecedentes criminais extensa. Enquanto Bruna Rayala já cumpriu pena por roubo, Nicolly Frazão responde por furto qualificado e extorsão. Mesmo procuradas pela polícia, as duas mantém páginas ativas em redes sociais. No último dia 10, Bruna postou: “Estou com HIV” em seu perfil. A mensagem foi curtida por sete pessoas e, até a noite de sexta-feira, tinha 22 comentários. “Bem vinda ao clube” foi um deles. Já Nicolly colocou, anteontem, uma foto em que vestia top e short com o seguinte texto: “Nesse exato momento”.
Detalhes da quadrilha
Lapa Legal: Dois dias por semana, dois agentes das delegacias de Atendimento ao Turista, de Proteção a Criança e ao Adolescente, de Combate as Drogas e da Criança e do Adolescente Vítima realizam o projeto Lapa Legal para coibir o tráfico na região e cumprir mandados de prisão.
Prisão: Os agentes já estão com os mandados de prisão dos travestis e tentam cumpri-los. Desde o ano passado, a ronda já cumpriu 100 prisões e 25 apreensões de menores, além de apreensões de drogas e armas brancas, como facas e estiletes.
Armas: Esse tipo de armamento é o usado pelo grupo de travestis. Henrique estava com um estilete nas mãos quando foi presa em flagrante tentando agredir outro travesti, na Rua Mem de Sá. Ele foi autuado por lesão corporal na ocasião.
Associação: Presidente da Associação Agenttes, que engloba mais de 100 travestis com atuação na região do Centro, defende a classe: “Nós travestis, residentes na Lapa e que trabalhamos, não somos marginais e colaboramos com as investigações”, garante Luana Muniz.
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