Polícia Civil prendeu a trinca ontem e desmantelou bando que atuava em Jacarepaguá
Um delegado federal aposentado, um policial militar e um policial civil estão entre os 14 presos na manhã de ontem na Operação Tríade, realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Foram expedidos 16 mandados de prisão, mas dois acusados estão foragidos
.Segundo a investigação, o grupo paramilitar - chefiado pelo delegado Luiz Carlos da Silva, pelo inspetor Eduardo Lopes Moreira e pelo PM Thiago Rodrigues Pacheco - tinha influência em delegacias e batalhões da PM. Milicianos registravam ocorrências na 32ª DP (Taquara) para tentar desqualificar testemunhas e inibir futuras denúncias. . Um dos presos, o guarda municipal Ubirajara Ferreira da Costa, o Bira, chegou a ir ao Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado do Ministério Público e ofereceu denúncias contra uma testemunha. Ele ainda disse a um promotor que sua arma era registrada e que seria obrigado a matar a testemunha, caso ela continuasse com os supostos crimes. Também integram a milícia advogados e militares da Aeronáutica.Ameaças e maracutaias
Dois advogados, Kleber Gomes Lima e Mauro Arthur Ribas, são suspeitos de falsificar documentos para venda dos imóveis de moradores expulsos de suas casas ou mortos. Mauro ainda teria corrompido policiais da 32ª DP, para que agissem de acordo com os interesses da milícia. Segundo o MP, eles intimidavam moradores dizendo que bandidos egressos das comunidades com UPPs iriam para a área
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Pode haver mais prisões
O promotor Décio Alonso não descartou a possibilidade de que mais pessoas sejam presas. Além de extorsão e formação de quadrilha, os 16 indiciados são investigados por homicídio, tortura, ocultação de cadáver, estupro, lesão corporal grave e invasão de domicílio. Segundo o delegado Alexandre Capote, a milícia ostentava armas a qualquer hora e tinha estrutura semelhante a uma empresa, com funções definidas.
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