domingo, 4 de setembro de 2011

Preso um dos responsáveis por guerra na Vila Kennedy ,Léo Rato

                                              Policiais do 14º BPM (Bangu) prenderam na noite deste sábado Leônidas Macena da Silva Ferreira, o Léo Rato, de 26 anos, suspeito de ser um dos responsáveis pela guerra do tráfico que aterroriza há quatro meses comerciantes e moradores da Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio. Uma metralhadora ponto 40 e 12 cartuchos intactos foram encontrados no Zafira, placa LSH-2184, que ele dirigia. A prisão ocorreu após os protestos realizados contra a violência no bairro em Copacabana e no Aterro do Flamengo, na Zona Sul.
                                        

O sargento PM Anderson Cláudio da Silva disse que os policiais do Serviço Reservado receberam telefonemas que indicavam a presença de Léo Rato na Rua Sargento Miguel Filho, em Vila Kennedy, a 500 metros de onde foram encontrados quatro homens mortos há 15 dias. A guerra entre as facções criminosas rivais foi o motivo que levou os moradores, com apoio da ONG Rio de Paz, a estender as faixas "Vila Kennedy: abandono, sangue e medo", na Zona Sul, na madrugada de sexta-feira
          
.Doze policiais participaram da operação para prender Léo Rato. "Ele não resistiu à prisão e negou que a metralhadora fosse dele, mas temos informações que ele tem o apoio ou já é o substituto do Sombra, que está foragido da Justiça", explicou o sargento Anderson. Sombra é o apelido de Jorge Alexandre Cândido Maria, 38, que recebeu o benefício da prisão domiciliar em julho, após cumprir nove anos de prisão, mas arrebentou o lacre da tornozeleira de monitoramento em julho
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A ficha de antecedentes criminais indica que Léo Rato já teve duas passagens pela polícia. A primeira por resistir à prisão, em 2004. em Bangu, na Zona Oeste. A outra por tráfico e associação ao tráfico em 2007, no mesmo bairro. Agentes do Serviço Reservado do 14º BPM informaram que o suspeito perdeu o apoio da comunidade após os sucessivos controntos entre traficantes das facções Comando Vermelho e Terceiro Comando, que disputam a venda de drogas na região.

Léo Rato se diz vítima de armação

Apesar de ter esquecido o nome da igreja onde é dizimista há um ano e meio, Leônidas Macena da Silva Ferreira disse que trabalha como feirante e mototáxi nos últimos 18 meses. "Todo mundo que eles pegam lá na Vila Kennedy acham que é bandido. Colocaram a metralhadora em cima de mim. A arma saiu da viatura deles. A metralhadora não é minha. Estava no carro junto com a minha família. Já que eles têm tanta certeza que a arma é minha, porque não analisam a digital", disse.

Leônidas admitiu ter duas passagens pela polícia. "Fui absolvido nos dois casos, em 2004, por resistência à prisão, e 2007, por tráfico. Se eu fosse bandido estava num carro roubado", disse. Policiais da 33ª DP confirmaram que os documentos do carro estão legais e pertence ao cunhado do suspeito. O pastor Wilson Melo, líder da Igreja Pentecostal Cristo Reina, em Sepetiba, confirmou que Leônidas participa dos cultos há um ano e meio.

"Ele está em processo de libertação. Nesse período, tenho certeza que ele não se envolveu mais com o tráfico de drogas", explicou o pastor. Leônidas foi detido com R$ 800 no bolso. "Trezentos reais eram o meu dízimo que eu daria ao pastor e o restante era para pagar a conta do meu rádio. Os policiais deveriam ir lá na Coréia, na Vila Aliança, porque só querem prejudicar a gente da Vila Kennedy", explicou Leônidas.

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