O taxista Carlos Magno Ferreira Cardoso, de 36 anos, foi morto a tiros no fim da noite de domingo, ao volante do seu carro. Ele foi atacado por bandidos na bifurcação das ruas General Caldwell e Moncorvo Filho, no Centro do Rio, e recebeu dois tiros, na cabeça e no ombro. O local do crime é perto do Batalhão de Choque da PM e da Academia da Polícia Civil (Acadepol).
Policiais da Divisão de Homicídios (DH) que estiveram no local informaram que, por enquanto, não pode ser descartada qualquer hipótese para a motivação do crime, inclusive latrocínio (assalto seguido de morte), apesar de nada ter sido roubado da vítima, e execução por vingança. O homicídio ocorreu pouco antes da meia-noite.
Os disparos estilhaçaram o vidro do motorista, que morreu sobre o volante do táxi. Segundo a Delegacia de Homicídios, testemunhas disseram que viram quando três homens fugiram correndo logo após os disparos. No carro, ainda de acordo com os agentes da DH, foram encontrados três celulares, além de documentos da vítima.
Só trabalhava na madruga
O motorista, segundo o filho do dono do táxi, alugava o veículo há cerca de cinco meses e trabalhava apenas de madrugada: "Não sei o que aconteceu, mas parece que foi assalto. Ele era uma boa pessoa e bom profissional. Deixou mulher e filho".
‘Não temos segurança'
O crime chocou taxistas e provocou a revolta de alguns deles. "Isso aconteceu a poucos metros de um batalhão de Polícia Militar. Não temos segurança para trabalhar à noite", reclamou Daniel Velasco, 32, há cinco anos na praça. "Seria importante ter blitz para parar e revistar taxistas com passageiros. Nos daria mais segurança", completou Ronaldo Martins, que trabalha há 20 anos de madrugada.
Outro crime em março
A reclamação de falta de segurança é constante entre os taxistas. No início de março, o motorista de praça Júlio César Silvestre da Silva, 32 anos, foi executado a tiros em Quintino, na Zona Norte. Segundo testemunhas, dois homens em uma moto dispararam contra o táxi da vítima, que perdeu o controle e bateu. Os criminosos desceram da moto e efetuaram mais disparos contra o taxista.
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